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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AS REFERÊNCIAS PARA O LÍDER CRISTÃO

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Texto: 2Tm 2.1-7 “E você, meu filho, seja forte por meio da graça que é nossa por estarmos unidos com Cristo Jesus. Tome os ensinamentos que você me ouviu dar na presença de muitas testemunhas e entregue-os aos cuidados de homens de confiança, que sejam capazes de ensinar outros. Como fiel soldado de Cristo Jesus, tome parte no meu sofrimento. Pois o soldado, quando está servindo, quer agradar o seu comandante e por isso não se envolve em negócios da vida civil. O atleta que toma parte numa corrida não recebe o prêmio se não obedecer às regras da competição. E o lavrador que trabalha no pesado deve ser o primeiro a receber a sua parte na colheita. Pense no que estou dizendo, pois o Senhor fará com que você compreenda todas as coisas.”

Introdução

Não podemos negar o caráter pastoral da epístola endereçada a Timóteo. Aliás, são três tratados pastorais que o apóstolo deixou para liderança de nossas igrejas: 1Timóteo, 2Timóteo e Tito. Juntas, elas nos oferecem uma verdadeira “escola de líderes e obreiros”, que deve ser observado em toda igreja. Há algumas passagens que afirmam a natureza desta compilação pastoral (2Tm 1.13-13; 2.22).
Diante disto, a abordagem apostólica para o capítulo 2 aplica-se na formação do caráter do líder, especialmente na sua mentalidade. Paulo inicia sua instrução recomendando o jovem Timóteo a buscar “fortificar-se na graça de Cristo Jesus”(v.1). A expressão fortificar (gr endynamoo), cuja construção vocabular vem de gr dynamoo a qual é derivada do substantivo grego dynamis (significa poder miraculoso). Assim, a expressão endynamoo (em + dynamoo) significa aumentar, crescer, elevar, fortalecer, empoderar-se. Ainda assim, o termo endynamoo possui duas principais semânticas aplicáveis, conforme o grego aplicado no novo testamento: (i) fortalecer o corpo quando este se apresenta com fraqueza ou debilitado por alguma enfermidade ou doença (Hb 11.34); (ii) ou metaforicamente fortalecer a mente por com uso do verbo na voz passiva. Este segundo significado foi aplicado a Timóteo pelo apóstolo Paulo. Nossa mente precisa ser fortalecida mediante o favor imensurável e imerecido de Jesus Cristo para que alcancemos o “entendimento pleno” de sua vontade sobre nossa vida.
A fim de obter maior proveito de seu ensinamento a Timóteo, Paulo apela para os recursos homiléticos, fazendo uso de três figuras de linguagem que certamente projetariam mais rapidamente perfil do líder na vontade do Senhor: o soldado, o atleta e o agricultor.

1 A Determinação do Soldado (v.4)

A figura do soldado expressa por Paulo envolve uma série de qualificações inerentes a esta profissão, as quais estão unidas pela determinação que estes possuem para atingir seu principal alvo: agradar o seu capitão.
1.1 O soldado e as normas de conduta. De princípio, verificamos que a vida de um soldado é regida por normas e leis que são ensinadas regularmente com o intuito de alcançar maior eficiência em seu serviço. Do mesmo modo, o soldado de Cristo está disposto a obedecer a lei do Senhor submetendo-se a ela incondicionalmente (Sl 119.44).
1.2 O soldado e sua postura. Todo soldado busca evidenciar suas práticas mediante uma postura integra, com retidão, objetivando refletir o amor e dedicação à sua pátria. Na conduta cristã esses requisitos estão intimamente relacionados com a liderança. Para agradar a Deus em tudo que realizamos devemos ter em mente a Bíblia Sagrada com a qual somos ligados com o Eterno Pai (Sl 119.11).
1.3 O soldado e o quartel. O bom soldado deve sempre está se apresentando ao quartel no qual está alistado. O servo de Cristo não pode abandonar a sua congregação (Hb 10.25). Ao contrário, quando convidado à ir ao templo o crente é envolvido por uma alegria tamanha capaz de leva-lo até mesmo a salmodiar ao Senhor (Sl 122.1).
1.4 O soldado e o companheirismo. Jamais um soldado ataca seu próprio companheiro de batalha! Da mesma maneira o guerreiro de Cristo não pode atacar o seu irmão, conservo do Senhor. O sábio informa que uma boa companhia pode ajudar nos momentos de maior dificuldade (Ec 4.9, 10). O líder envolvido pelo sentimento cristocêntrico é movido pela compaixão provinda de Deus e está sempre disposto em auxiliar a quem está precisando de apoio (Lc 10.33).
1.5 O soldado e a prontidão. Um bom soldado está sempre disposto a atender ao chamado do seu capitão. Prontidão é uma palavra indispensável ao autêntico líder cristão. Paulo recomenda à igreja de Corinto a manter sempre ocupado na obra do Senhor (1Co 15.58). Lembremo-nos que Jesus alertou-nos que onde nosso tesouro estiver ali estará aplicado o nosso coração (Mt 6.21).
1.6 O soldado e suas prioridades. Quando o soldado é alistado em seu país deve por obrigação ter a defesa da sua pátria como principal responsabilidade. Quando somos chamados pelo Senhor para a sua Obra devemos tê-la como nossa prioridade. Em sendo assim, nossos corações são levados a palpitar pela seara do mestre. Não significa que deixamos de considerar nossas necessidades, porém somos impulsionados pelo Espírito Santo a buscar o reino de Deus (Mt 6.33).

2. A Disciplina do Atleta (v.5)

Paulo faz apelo ao atleta de sua época relacionando a legitimidade aplicada às atividades desenvolvidas por ele nos locais de competição. O atleta campeão cerca-se de uma vida disciplinada, com medidas rigorosas para alcançar a tão sonhada coroa. Refletindo sobre a vida dos atletas podemos extrair algumas lições para nossa vida.
2.1 Alimentação adequada. O atleta deve ter uma disciplina alimentar bastante equilibrada. Quem não desenvolve uma alimentação balanceada tem condições de apresentar-se no perfil de um competidor potencial. Todo cristão, em especial o líder, precisa obrigatoriamente ser alimentado pela Palavra de Deus. A Palavra do Senhor é fonte de vida para todo homem (Mt 4.4). Jesus declarou ser o Pão vivo descido do céu! (Jo 6.35) e por isso é o único capaz de nos dar a vida abundante. Não obstante, Ele é também a água viva que nos mantem dessedentados (Jo 7. 37, 38).
2.2 Disciplina nos exercícios. Para não perder o foco na competição, o atleta deve manter uma disciplina de exercícios diários visando o aperfeiçoamento de suas habilidades. O líder espiritual necessita manter uma disciplina na prática de exercícios espirituais. A manutenção destas práticas passeia por medidas elementares norteadas pela abstenção. Paulo aplica-se a esta comparação fazendo a seguinte proclamação “Todo atleta que está treinando agüenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre.” (1Co 9.25) (Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH). A prática do jejum e da congregação é indispensável como práticas do exercício espiritual do crente. A vida devocional disciplinada de um líder reflete muito da qualidade do seu trabalho. O resultado do exercício espiritual possui resultados mais significativos para o crente, além de apresentar maior alcance, pois “o exercício espiritual tem valor para tudo porque o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro.” (1Tm 4.8b) (NTLH).
2.3 O atleta e as regras da competição. É indispensável para o atleta o conhecimento claro das regras que regem o torneio no qual está inscrito. Sem isso ele dificilmente conseguirá alcançar a almejada coroa de vitória. O líder deve reconhecer o principal manual que regimenta nossa vida de serviço para não ser surpreendido ao final de nossa carreira (2Co 5.10; Mt 20.12-16). Não podemos lançar outro fundamento que não seja o Senhor Jesus. Ele é a única razão do servir do crente. Nossa motivação durante nossa jornada aqui na terra está integralmente voltada para o engrandecimento do nome do Senhor Jesus (1Co 3.8-15).

3. A Perseverança do Agricultor (v.6)

Aquele que trabalha com a terra deve ter muita paciência para aguardar o momento adequado para colher seus frutos. Os cuidados com a semeadura são dos mais diversos, desde a escolha da semente até a adequação da terra. Porém em tudo o que fizer deve o agricultor aplicar todo o seu coração. Como podemos aprender com o agricultor?
3.1 O agricultor não pode ser preguiçoso. Quem não semeia não colhe e quem não colhe não tem como manter-se (Pv 20.4). No serviço a Deus não podemos ter preguiça. O sábio Salomão recomenda aos preguiçosos aprenderem com as formigas a excelência do trabalho digno (Pv 6.6). Quem se domina pela preguiça jamais consegue alcançar um alvo porque não consegue sair do campo da teoria (Pv 13.4). Ao servo preguiçoso serão retiradas suas bênçãos e entregues a outro servo que tenha mais disposição para o serviço cristão (Mt 25.26).
3.2 O agricultor e a esperança. O agricultor que não tem esperança jamais poderá semear no campo (Tg 5.7). A maior esperança do servo de Deus está na volta do Senhor (Tg 5.7; 1Ts 4.18). O líder do Senhor envolve-se na obra do Mestre Jesus não esperando aqui nesta vida a recompensa, mas seu olhar está direcionado para o céu. Nossa visão deve estar continuamente esperando o melhor da seara do Senhor: a colheita espiritual. A perspectiva do que semeia é independente das tristezas experimentadas durante a semeadura, a colheita será muito melhor (Sl 126. 5, 6).
3.3 O agricultor e o desânimo. O agricultor defronta-se constantemente com situações capazes de desanimá-los. Excesso de calor, tempo chuvoso, frio e ventos fortes são muitas vezes barreiras que podem impedir o agricultor de realizar seu serviço. O crente não pode ter desânimo na obra do Senhor. Muitas vezes não seremos aplaudidos, nem elogiados ou cercados de amigos; porém não podemos no s deixar envolver pelo desânimo (2Co 4.8). Após apoderarmo-nos do serviço cristão não podemos recuar, pois isso não é perfil de líder cristão! (Lc 9.62).
3.4 O agricultor e o princípio da semeadura. O agricultor pode ter várias obrigações e preocupações, no entanto ele tem uma convicção: não colherá nada diferente do que plantou. Somos advertidos pelo Senhor quanto a nossa sementeira. Nossa colheita não irá além do que semeamos (Pv 22.8; Os 10.12, Gl 6.7-8). O que estamos plantando na obra do Senhor? Qual a qualidade da semente que estamos dispondo para a seara do Mestre? Lembre-se: você vai ceifar somente o você plantar!

Conclusão

Considera isto” (2Tm 2.7) são as palavras de Paulo à sua igreja, especialmente à liderança. Da mesma maneira, a apresentação das três figuras comparativas expostas por Paulo é basilar para a plena compreensão da vontade de Deus para nossa vida. Lembre-se sempre da determinação do soldado, da disciplina do atleta e da perseverança do agricultor.


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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

EVITE O NAUFRÁGIO DA FÉ

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1Tm 1.19: "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.”


O texto em apreço deve ser entendido, hermeneuticamente, dentro das comportas do capítulo 1. Tentar imputar uma interpretação ignorando o contexto que antecede a referência acima é sem dúvida cair na declaração do versc. 7 “...mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.”.
Notemos que a 1ª epistola paulina a Timóteo tem acima de tudo um caráter pastoral. Paulo está solidificando o perfil de um autêntico pastor (sobre o qual houve inclusive a ordenação com imposição de mãos, 2Tm 1.6). Ao pastor cabe o cuidado do rebanho do Senhor a fim de que este não caia no abando da fé, denominado de apostasia. Para tanto, o apóstolo Paulo expõe três alicerces imprescindíveis: amor, e de uma boa consciência, e fé (1Tm 1.5).

Amor

Ao amor cabe a essência de todo o evangelho de Cristo. Deus nos amou (Jo 3.16); Cristo nos amou (1Jo 4.19), o Espírito Santo nos amou (Cl 1.8); e o amor é a fonte do crescimento fraterno na igreja (1Ts 3.12). Este amor (gr. Agape) somente pode ser concebido mediante o novo nascimento em Jesus, o qual produz a santificação e consequentemente a pureza de coração (1Pe 1.22).
Conforme a concordância King James, a palavra amor (ágape) ocorre 116 vezes no Novo Testamento, sendo a forma predominante o substantivo. Jesus deixa-nos evidenciado em sua Palavra que a marca indelével de nossa vida com Ele está interligada com o amor (Jo 13.35). Este amor flui para a igreja por intermédio do Espírito Santo sem medida e reservas (Rm 5.5). A manifestação deste amor à humanidade permite-nos perceber que suas raízes não se limitam a nada nesta vida de maneira que inexiste força natural, humana ou celeste, capaz de romper este atributo divino (Rm 8.35).
Para Paulo era imprescindível que Timóteo estivesse bem instruído sobre este amor. É pressuposto para o exercício do pastoreio do rebanho de Cristo o exercício pleno deste amor. É surpreendente como o apóstolo dos gentios declara a força deste atributo de Deus mediante as suas imensas aflições (2Co 2.4). Agora implantado no coração do pastor e da igreja, a operação do Senhor Jesus mediante o Espírito Santo torna-se mais eficaz (Gl 5.6).

Coração Puro

A pureza de coração é fator condicional para estar na presença de Deus (Mt 5.8), afinal o Eterno avalia fortemente as minucias do interior do homem em detrimento a seus aspectos externos, os quais muitas vezes são enganosos (1Sm 16.7). No plantel de advertências de Paulo a Timóteo, ele não deixa escapar a necessidade de manter a pureza do coração em detrimento aos desejos incontroláveis da mocidade (IITm 2.22).
Percebemos ao longo das Escrituras que a importância de um coração pura é basilar para a evolução da nossa vida com Deus. O exercício de uma fé fortalecida somente é possível quando nos desprovemos de tudo que possa manchar nossa alma como incredulidade, indisciplina, maldade, impurezas. A plena manifestação de nossa fé somente pode ser conquistada mediante a manutenção de um coração puro (Hb 10.22).

Consciência

Para compreensão da consciência é necessário lembrar que esta é uma faculdade do espírito humano, conforme a doutrina do homem (antropologia bíblica), ou seja, no âmago do espirito humano repousa sua consciência, a qual permite esclarecer quão benéficas/agressivas são suas ações perante Deus e perante seu próximo. Esta consciência é manchada quando erramos com o nosso próximo (1Co 8.12), pode ser cauterizada pela mentira (1Tm 4.2), promove bom testemunho diante do Espírito Santo (Rm 9.1).
Jamais o homem poderá desenvolver uma vida íntegra diante de Deus e de seu próximo caso sua consciência esteja aniquilada pelo pecado, hipocrisia e a maldade. Somente a Palavra de Deus é capaz de perscrutar o espírito humano (Hb 4.12), fazendo com que o homem reconheça sua condição falida e apática e mude de direção diante de um ato desprovido de amor ao próximo (Jo 8.9; At 24.16; Rm 9.1). Diante desta perspectiva, o homem agora regenerado em Cristo e vivendo uma nova vida transformada pelo Espírito pode buscar uma vida agradável a Deus mediante o cultivo da santidade e da sinceridade para com Deus (2Co 1.12).


E por fim a fé. Esta é a base da convivência em Deus. Sem fé ninguém pode agradar ao Eterno (Hb 11.6); a fé possibilita envolver-se com Deus (Hb 11.1); a fé possua uma contra-prova que são as obras (Tg 2.18), e possibilita a purificação do coração (At 15.9).
Analisando a sequencia do texto verificamos que Paulo faz aplicação das consequências caso cada um dos três alicerces sejam abandonados: ao abandono do amor resultará em contendas (1Tm 1.6); ao coração sem pureza promove o surgimento de mestres heréticos com ensinos fausos (1 Tm 1. 7-11); e ao abandono da fé implica o afastamento de Deus (1Tm 1.14-18).
Nos últimos versículos Paulo faz uma nova recomendação a Timóteo para manter a fé evitando a apostasia. Na oportunidade ele cita dois auxiliares dele que abandonaram a fé (veja a fé no sacrifício de Jesus por nosso pecado, não uma igreja ou um cargo) e por isso passaram pelo que a teologia denomina de disciplina (1Co 5.5).

Conclusão

Por isso, Paulo busca neste fim dar uma profunda reflexão sobre a importância de manter a fé em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador, cabendo aos incrédulos (aqueles que deixaram de acreditar no sacrifício de Jesus) a escolha de aceitar ser “usado” pelo inimigo por não estar mais sujeito ao poder salvívico do calvário.


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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os dons espirituais e a necessidade de ordem nos cultos (1Co 14.1,39 e 40).

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Introdução

Nada chega a ser tão intrigante do ponto de vista espiritual do que o capítulo 14 deste livro. A análise isolada de trechos deste capítulo tem levado muitas igrejas a proibirem a manifestação sobrenatural do dom de língua sob a bandeira da necessidade de ordem no culto.

Figura 1


Alguns há que nem mesmo ousam entrar neste campo, pois o ensinamento paulino é bastante doutrinário e apenas uma boa teologia bíblica moverá de modo saudável tamanho ensinamento.

Trataremos nesta oportunidade de um dos principais temas que regem a ordem e a legitimidade do uso de dons durante um culto.

1. DUAS ORDENS E UM CONSELHO (v.1).

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.

Seguir - andar no mesmo ritmo de; continuar na marcha iniciada; acompanhar com atenção.

Figura 2
Procurar – ir em direção a ou ser atraído por; executar as ações necessárias para encontrar ou descobrir.

Diante destas descrições verificamos que o amor não há opção de escolha. Seguir o amor fala de um ato obrigatório sem o qual não há evangelho. Por outro lado, procurar dons resulta em inclinação, desejo de ser dotado de ferramenta sobrenatural. Esta realidade é completada pelo termo “zelo” que engloba cuidado e preocupação na busca de algo. Realmente, dom espiritual é acima de tudo busca intensa, constante e devota diante de Deus!

Entre os dons espirituais existentes Paulo recomendada a busca pelo dom de profecia. Por quê? O motivo que levou Paulo a utilizar desta recomendação é claramente explicado no versículo 2 “Porque o que fala língua {estranha} não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém {o} entende, e em espírito fala de mistérios.” Aqui Paulo externa sua preocupação com o “corpo” e não com o “membro” do corpo. Paulo vislumbrava a edificação da igreja (visão pastoral) e não a edificação de uma pessoa.

2. EDIFICAÇÃO DA IGREJA: ALVO MÁXIMO DO DOM ESPIRITUAL (v.4-12).

Paulo deixa claro aos leitores da carta que seu foco no capítulo 14 é a igreja. Isto é bem definido no verso 1, discutido anteriormente. No verso 4 Paulo distingue claramente o alcance da edificação pelo uso de dois dons diferentes. Um (línguas estranhas) edifica o indivíduo; o outro (profecia) edifica toda igreja. Paulo não condena o falar em línguas, mas expressa a perspectiva pastoral que resulta da necessidade de edificar o corpo de Cristo. Deixemos a bíblia falar por si e vermos o seguinte: “E eu quero que todos vós faleis línguas {estranhas;}” (v.5); o apóstolo dos gentios demonstra abertamente o seu desejo pela proliferação deste dom. Entretanto, há um forte desejo pelo dom de profecia.

3. HÁ HIERAQUIA DE DONS ESPIRITUAIS? (v.5)

Observemos o texto em questão: “porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas {estranhas,} a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação.” (v.5). Para muitos teólogos o texto em apreço declara a superioridade do dom de profecia sobre os demais dons. O melhor dom na perspectiva de Paulo (1 Co 12.31; 1 Co 14.1) é simplesmente direcionado à edificação da igreja. Prova disto é o descrito no final do verso 5. Não podemos tirar de foco o objetivo do capítulo 14: ordem no culto. Quem busca a própria edificação deve fazê-lo na própria vida devocional em seu lar, por exemplo; e que seja dada ênfase para dons que possam edificar o corpo de Cristo nas reuniões coletivas. Para evidenciar esta realidade Paulo usa figuras conhecidas da igreja como o som de instrumentos (v.7-9), dos diferentes idiomas do mundo (v.10-11).

4. ORAÇÃO COM ESPÍRITO E ORAÇÃO COM ENTENDIMENTO (v. 15)

Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.”

Figura 3.
Por que há esta distinção? Na doutrina do homem é comprovado que o componente existente na constituição humana que nos permite conceber a existência de Deus e comunicar-se com Ele é o espírito (Gn 2.7; Lc 1.47; Jo 6.63; 1 Co 2.12). Mas qual a linguagem do espírito? Paulo mesmo apresenta a manifestação da língua estranha com de propriedade do espírito do homem (v.14), a qual não é compreendida pelo entendimento (raciocínio) do homem, faculdade da alma. Paulo apresenta-nos o Don de falar em outras línguas como uma evidência do poder de Deus, mas de compreensão limitada ao espírito do homem e o Espírito de Deus (v.16 - 26). Imagine a seguinte situação: um culto evangelístico com vários visitantes, cantam-se os hinos da harpa em línguas estranhas, é feita a leitura bíblica e em seguida a oração que a cada dez palavras oito são em línguas estranhas. Segue o culto e começa a pregação. A cada dez palavras proferidas sete são em línguas estranhas.
Quantos de nós mesmos entenderemos o culto? E os infiéis? Por causa disto, e tão somente isto, Paulo recomenda: “E, se alguém falar língua {estranha, faça-se isso} por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.”(v.27). Paulo não proíbe o falar em línguas na igreja, mas para fins de edificação “se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.” (v.28). Mesmo as profecias precisam de ordem no culto “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” (v.29); por isso que quando houver profecia na igreja toda o corpo de Cristo, exceto o profeta, deve ficar em silêncio para ouvir e “julgar” a profecia pela Palavra de Deus.

5. O ESPÍRITO E A SUJEIÇÃO

A final o Espírito Santo está sujeito ao profeta? Não! O texto declara: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.” (v.32). Por esta frase muitos tem colocado os profetas no status da própria Trindade Santa. Não ignoremos o verso anterior “Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.” (v.31). Com isto Paulo afirma que é possível ter ordem no culto por que o espírito do profeta (humano) é sujeito ao profeta. Profeta exerça o domínio sobre o teu espírito e promova a ordem no culto. Afinal o nosso Deus não faz confusão! (v.33).

CONCLUSÃO

Por isso igreja tenha-se ordem no culto. Devemos procurar intensamente o dom de profetizar e não devemos proibir o falar em língua! (v.39).

Referências de imagem
Figura 1. http://www.chegouahora.org/wp-content/uploads/2010/10/O-Dom-de-Prof.jpg

Figura 2. http://blog.cancaonova.com/paulovictor/files/2009/07/19059301.jpg
Figura 3. http://www.formulados.com.br/v2/wp-content/uploads/2009/09/tricotomia.png



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